Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Sobre Morreste-me, in Estadão, Brasil

02.08.20

 

Estadãp Morreste-me Julho 2020.jpg

"Quem passou pela Flip em 2012 se lembra da comoção que foi a leitura integral que o escritor português José Luis Peixoto fez de Morreste-me num evento paralelo do festival literário. Ele nunca tinha feito isso, nem pensado em fazê-lo. O livro, o primeiro que escreveu, é a sua tentativa de elaborar o luto após a morte de seu pai. Escrito aos 21 anos, em 1996, e publicado em 2000, o breve, profundo e poético relato só chegou às livrarias brasileiras em 2015, quando ele já era considerado um dos principais autores de sua geração.

No livro, o filho conversa com o pai “impossivelmente morto” enquanto relembra os últimos momentos vividos em casa ou no hospital e fala sobre o presente, ou seja, o regresso a uma 'terra cruel' – 'A nossa terra, pai. E tudo como se continuasse'. Peixoto não teve medo de mergulhar nesse luto, de se apresentar menino diante de sua dor e de se mostrar homem diante da situação do pai: 'Pai, que nunca te vi tão vulnerável, olhar de menino assustado perdido a pedir ajuda. Pai, meu pequeno filho'. Ao escrever, pensar e falar sobre a morte, o autor faz uma reflexão sobre a vida, o amor, o tempo. O livro representa, também, a passagem para a vida adulta e o começo de uma nova história – a de um jovem que diante da dor extrema se descobre escritor, algo que esse pai jamais imaginou.

Em entrevista à época do lançamento, Peixoto classificou a literatura como uma cartografia invisível. 'Por meio dela, tentamos encontrar sentido, referências para não nos perdermos do essencial. Ela dá proporção, equilibra a memória, limpa o pensamento.' Para escritores e para leitores.

Morreste-me condensa temas que o autor vem tratando em sua obra. É triste e é bonito. Uma leitura delicada em tempos de lutos sem fim."

 

Maria Fernanda Rodrigues

 

joseluispeixotoemviagem.com

joseluispeixoto.net

 

Autoria e outros dados (tags, etc)


Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

Pesquisar no Blog

Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2021
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2020
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2019
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2018
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2017
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2016
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2015
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2014
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D

subscrever feeds