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Time Out, 29 outubro 2014

29.10.14

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Time Out, 26 Dezembro 2012

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Time Out, 26 de Dezembro 2012

04.04.14

José Luís Peixoto

Entrevista, Livros

Em Abril deste ano, José Luís Peixoto viajou para a Coreia do Norte. Assistiu à festa do centenário de Kim-Il-Sung, visitou fábricas, museus e o mundo rural do país mais repressivo do mundo. A Mariana Correia de Barros falou sobre a experiência.
Porquê a Coreia do Norte?
Para ser sincero, ainda estou à procura das razões mais profundas dessa escolha. Sendo um país extremo, com características tão duras, também me interrogo. É uma pergunta de auto-análise. Responder é responder sobre mim próprio. Às vezes são desafios que coloco a mim mesmo. Quando assim é, depois a realização também é muito importante.

E já sabia que ia escrever um livro? 
Tinha uma boa suspeita de que isso podia acontecer. Sei que aquilo que me toca, normalmente me motiva para escrever e também supunha que uma viagem destas pudesse justificar, para mim, um livro. 

Qual é a grande diferença entre escrever um livro de viagens e um de prosa? 
O mais útil para mim foi a prática que tenho, há mais de 10 anos, de crónica. Aqui tratava-se, à partida, de dar conta daquilo que eu tinha visto. Nas condições em que tinha viajado. Sendo, por isso, também fiel a todos os dados concretos dessa experiência. O que é bastante diferente de um texto de ficção ou poesia onde, se calhar, aquilo que dita a verdade do que se escreve é o próprio texto. Aqui nunca poderia fugir do documental. É um livro que tem muito que ver com jornalismo. Como a crónica, que também é um género que nasce do jornalismo. 

Foi difícil distinguir a realidade da ficção?  
Já ia preparado, porque sabia as condições em que ia viajar. Não ia entrar clandestino no país, nem sequer a minha intenção, em nenhum momento, foi de recolher informações que me fossem vedadas. Sabia que as informações e tudo aquilo que é dado a ver a um visitante nas minhas condições são uma fachada propagandística. No entanto, também tive oportunidade de assistir às imperfeições desse cenário e por isso aquilo que às vezes interpretava de uma maneira, acabava por ser uma mistura do que via, do que me era dito, do que eu imaginava em função de outras informações que já tinha. 

Qual o episódio que mais o marcou? 
Foi nos festejos do centenário de Kim-Il-Sing, onde me misturei no meio da população. Já estava cansado de tanto tempo a ser apontado e colocado à margem. Mas houve outros, como a visita a um lugar que só começou a receber estrangeiros no ano passado. Estávamos rodeados de crianças e num episódio de avanços e recuos, consegui dar um aperto de mão a uma delas. Elas lembraram-me documentários sobre órfãos na Coreia do Norte que vivem em condições muito difíceis. Ali as crianças são o último reduto de várias coisas muito humanas, como ter alguma espontaneidade.

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